← 2 Crônicas 21:21

Explicação Bíblica

{"titulo_principal_e_texto_biblico":{"titulo":"2 Crônicas 21:21 — Conspiração e Fuga de Acazias/Jeorão","texto":"O povo conspirou contra ele, e fugiu para Tecoá; porém enviaram em busca dele a Tecoá e o feriram ali."},"contexto_detalhado":{"introducao":"Este versículo relata o fim violento do reinado corrupto do rei de Judá mencionado em 2 Crônicas 21, dentro do ciclo de avaliação dos reis segundo sua fidelidade a Deus.","contexto_literario_do_livro":"2 Crônicas revisa a história nacional de Judá com ênfase no templo, sacerdócio e na fidelidade Davidicamente orientada, contrastando reis fiéis e infiéis.","contexto_historico_do_livro":"Escrito pós-exílico por um cronista sacerdotal que reinterpreta a história de Judá à luz da restauração e teologia do templo.","contexto_cultural_do_livro":"Cultura religiosa centrada em sacrifício, aliança davídica e avaliação teológica dos reinados conforme obediência à Lei.","contexto_geografico_do_livro":"Narrativa situada em Jerusalém e nos territórios de Judá, com referências a cidades como Tecoá e Tiro relacionadas a eventos políticos e militares.","contexto_teologico_do_livro":"Teologicamente destaca retribuição divina: bênção pela fidelidade e juízo pela apostasia, com ênfase no papel do templo e dos profetas.","contexto_literario_da_passagem":"Passagem finaliza o relato do reinado ímpio de Jeorão (ou Acazias conforme sincronia), mostrando consequência política e divina de sua iniquidade.","contexto_historico_da_passagem":"Insurreição popular e violência política eram comuns no período monárquico; a referência a Tecoá sugere fuga para um refúgio que não o protegeu.","contexto_cultural_da_passagem":"Conspirações e assassinatos de reis eram expressões de crise de legitimidade; honra e sucessão estavam ligadas à aprovação divina e apoio popular.","contexto_geografico_da_passagem":"Tecoá, cidade a sudeste de Jerusalém, aparece como o local de refúgio e perseguição, indicando deslocamento interno em Judá.","contexto_teologico_da_passagem_anterior":"O versículo anterior mostra o profeta denunciando a injustiça do rei, apontando a ação divina como explicação para o colapso.","contexto_teologico_da_passagem_posterior":"Os versículos seguintes concluem com a morte do rei sem honras reais, reforçando a ideia de juízo e deslegitimação ante Deus.","genero_literario":"Histórico-crônica com função teológica e editorial; relato histórico-teológico sintético.","autor_e_data":"Autor tradicionalmente chamado de 'Cronista', provavelmente compilador sacerdotal pós-exílico (séculos V–IV a.C.).","audiencia_original":"Comunidade judaica pós-exílica interessada na identidade nacional e no reavivamento religioso centrado no templo.","proposito_principal":"Mostrar que o julgamento divino recai sobre reis infiéis e que a história é medida pela fidelidade à aliança.","estrutura_e_esboco":"Relato do reinado ímpio (contexto e ações), pronúncia profética, conspiração popular e morte sem honra; conclusão teológica.","palavras_chave_e_temas":"Conspiração, fuga, Tecoá, juízo, deslegitimação, profecia, consequências da apostasia."},"analise_exegenetica":{"introducao":"Análise versículo a versículo com foco no texto, vocábulos e implicações históricas e teológicas.","analises":[{"verso":"2 Crônicas 21:21","analise":"O termo 'conspiração' (hebraico: maʿă̆lâh/maʿăšâ) indica trama política interna; 'fugiu para Tecoá' mostra tentativa de refúgio, enquanto 'feriram ali' aponta execução extrajudicial, típica de tomada de poder nas cortes antigas."}]},"teologia_da_passagem":{"introducao":"Passagem expressa verdades sobre retribuição divina, legitimidade política e responsabilidade moral do governante.","doutrinas":["Juízo divino como consequência da infidelidade","Legitimidade do poder ligada à obediência a Deus","Providência divina operando por meios históricos (profetas e reações populares)"]},"temas_principais":{"introducao":"Temas convergem em julgamento, responsabilidade real e a relação entre profecia e história.","temas":[{"tema":"Juízo e consequência","descricao":"O assassinato do rei é apresentado como resultado previsível da apostasia e injustiça do monarca."},{"tema":"Legitimidade política","descricao":"A conspiração popular reflete perda de legitimidade; o povo atua como instrumento de juízo histórico."},{"tema":"Fuga e desamparo","descricao":"A fuga para Tecoá simboliza tentativa humana de escapar do juízo que, segundo a teologia do livro, é inevitável."}]},"explicacao_do_versiculo":{"introducao":"Análise detalhada do significado do versículo, com atenção às palavras-chave e implicações teológicas.","significado_profundo":"O versículo resume o colapso final de um reinado deslegitimado: a conspiração demonstra rejeição social e o ferimento em Tecoá sela o juízo histórico sobre o rei.","contexto_original":"Num contexto monárquico do Antigo Oriente, conspirar e executar um rei era ação política para remover um líder visto como danoso; o cronista interpreta isso como consequência do pecado do rei perante Deus.","palavras_chave":["conspiração","fugiu","Tecoá"],"interpretacao_teologica":"O texto comunica que ações injustas do governante têm consequências concretas e que Deus, através de profecia e eventos políticos, efetua juízo; há também aviso implícito para líderes quanto à responsabilidade diante do Senhor."},"personagens_principais":{"introducao":"Personagens centrais implicam o rei, o povo e o cenário profético que precedeu o evento.","personagens":[{"nome":"O rei de Judá (Jeorão/Acazias conforme sincronia)","descricao":"Monarca impopular cuja conduta ímpia provoca conspiração; figura cuja queda serve de exemplo teológico para o cronista."},{"nome":"O povo conspirador","descricao":"Facção interna que age para depor o rei, representando a perda de confiança e o instrumento do juízo histórico."},{"nome":"Profeta (referido nas passagens anteriores)","descricao":"Voz profética que denunciou o rei e indicou a razão teológica para o colapso; contribui para interpretação providencial dos eventos."}]},"aplicacao_contemporanea":{"introducao":"Aplicação prática para líderes e comunidades, mantendo fidelidade ao princípio bíblico de responsabilidade moral.","pontos_aplicacao":["Líderes devem avaliar suas ações à luz da justiça e temor de Deus, pois decisões imorais têm consequências comunitárias.","Comunidades são chamadas a responsabilizar autoridades de modo justo, lembrando que a correção deve buscar restauração e justiça.","A percepção de juízo histórico nos lembra da necessidade de arrependimento e reforma institucional."],"perguntas_reflexao":["Quais decisões de liderança hoje mostram falta de temor a Deus e merecem correção?","Como a comunidade cristã pode balancear responsabilidade cívica e compaixão ao confrontar líderes corruptos?","De que forma reconhecemos sinais de juízo ou disciplina e respondemos com arrependimento coletivo?"]},"referencias_cruzadas":{"introducao":"Passagens relacionadas que iluminam motivos e consequências semelhantes em contextos bíblicos.","referencias":[{"passagem":"2 Reis 9:24-26","explicacao":"Relato detalhado do assassinato de Jeorão em Jezreel por agentes de Jeú, correlacionando-se com a narrativa cronística sobre a queda do rei."},{"passagem":"Salmo 2:1-5","explicacao":"Discussão sobre conspirações das nações contra o Senhor e seu ungido, oferecendo perspectiva teológica sobre rebelião e juízo."},{"passagem":"1 Samuel 15:23","explicacao":"Relação entre desobediência do rei e consequências nacionais, apoiando o princípio de responsabilidade real perante Deus."}]},"simbologia_biblica":{"introducao":"Símbolos e imagens implícitos que enriquecem a leitura teológica do evento.","simbolos":[{"simbolo":"Tecoá","significado":"Lugar de refúgio que, aqui, simboliza a ineficácia das tentativas humanas de escapar do juízo divino."},{"simbolo":"Conspiração","significado":"Representa a ruptura do tecido social e a perda de legitimidade moral de quem governa."},{"simbolo":"Ferimento","significado":"Imagem do fim trágico e desonroso que acompanha o pecado persistente e a injustiça."}]},"interprete_luz_de_cristo":{"introducao":"Leitura cristológica e pastoral que situa o texto à luz do evangelho de Cristo.","conexao":"Cristo oferece autoridade legítima e justiça que contrasta com reis ímpios; o episódio adverte sobre os perigos do poder distante de Deus e aponta para a necessidade de um Rei que governa em retidão e com misericórdia."}}